segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Bolsonaro é diplomado no TSE; acompanhe

Presidente eleito afirmou que, a partir de 1º de janeiro, será o presidente dos 210 milhões de brasileiros: “governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião

Da Redação, com Folhapress  [10/12/2018]  [15h17]  Atualizado em 10/12/2018 às 17h31



Jair Bolsonaro recebeu o diploma de presidente da República da presidente do TSE, ministra Rosa Weber. Foto: Evaristo Sa/AFP


O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e seu vice Hamilton Mourão (PRTB) foram diplomados na tarde desta segunda-feira (10), em cerimônia no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro prestou continência para a plateia e foi aplaudido e chamado de mito por parte dos presentes.

A diplomação é uma etapa indispensável para que os eleitos possam tomar posse. Ela confirma que o político cumpriu as formalidades previstas na legislação eleitoral e está apto a exercer o mandato. A posse de Bolsonaro e Mourão ocorre em 1.º de janeiro.

A solenidade foi realizada no plenário do TSE e foi aberta com o Hino Nacional executado pela Banda dos Fuzileiros Navais. Os diplomas são assinados pela presidente da corte, ministra Rosa Weber.

LEIA TAMBÉM: Bolsonaro define seus 22 ministros. Conheça quem são e a nova estrutura de governo

Logo depois de ter sido diplomado, Bolsonaro fez um discurso conciliatório, no qual pediu o apoio de todos os brasileiros, e exaltou o papel das redes sociais no processo eleitoral deste ano. “Vivenciamos um novo tempo, as eleições de outubro revelaram uma nova prática. O poder popular não precisa mais de intermediação”, afirmou.

Eleito com forte presença nas redes sociais e com pouco tempo de televisão, Bolsonaro exaltou o papel da internet na corrida presidencial afirmando que “as novas tecnologias permitiram uma nova relação entre eleitor e seu representante”.

Em uma fala de dez minutos, fez acenos à classe política, deixou de lado o tom crítico adotado durante a campanha em relação à lisura do processo eleitoral, exaltou o voto popular e a atuação do tribunal. E agradeceu os 57 milhões de votos obtidos no segundo turno da disputa e pediu apoio dos que não o escolheram para presidente. “Aos que não me apoiaram, peço a sua confiança para construirmos juntos um futuro melhor para nosso país”, disse.

Ele afirmou ainda que, a partir de 1º de janeiro, será o presidente dos 210 milhões de brasileiros. “Governarei em benefício de todos, sem distinção de origem social, raça, sexo, cor, idade ou religião”, afirmou Bolsonaro.

Como foi a diplomação: https://www.youtube.com/watch?time_continue=1208&v=Z4JAzS8xT9w


Evento prestigiado
Cerca de 700 pessoas foram convidadas para assistir ao evento, segundo a assessoria do tribunal. Compareceram à cerimônia autoridades como o presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), João Otávio de Noronha, os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Eunício Oliveira (MDB-CE), respectivamente, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, entre outros.

Vários ministros do futuro governo também estavam lá, como Paulo Guedes (Economia), Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Tereza Cristina (Agricultura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).

Do atual governo estavam os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo), Eliseu Padilha (Casa Civil) e Grace Mendonça (Advocacia-Geral da União). Entre os familiares do presidente eleito, participaram da cerimônia os filhos Flávio (eleito senador), Carlos (vereador no Rio de Janeiro) e Eduardo Bolsonaro (reeleito deputado federal).

A diplomação marca o início da “segunda temporada” do processo de transição. Concluídas as indicações dos futuros ministros, é a vez de montar as equipes de segundo e terceiro escalões. Desta vez, Bolsonaro admite aceitar indicações de partidos, mas diz que não haverá troca de favores. Segundo Eliseu Padilha, atual chefe da Casa Civil, o presidente eleito e sua equipe terão, pelo menos, 10 mil cargos de livre nomeação para indicar para o Executivo.

Fonte: Gazeta do Povo


quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Entenda o estudo da Fundação Dom Cabral que vai balizar a gestão Ratinho Junior

Por Gazeta do Povo
Euclides Lucas Garcia  [04/12/2018]  [18h30]

Pedido do governador eleito à instituição foi por uma máquina pública menor e mais eficiente. Entidade vai apresentar mais de uma possibilidade de reforma administrativa ao político do PSD

Faltando apenas 27 dias para Ratinho Junior tomar posse como governador do Paraná, a maior parte do primeiro escalão estadual segue indefinida. Das atuais 26 secretarias de Estado – incluindo as especiais e as estruturas com status de secretaria −, foram anunciados somente seis nomes para chefiá-las até agora. Um dos motivos é porque o político do PSD ainda aguarda a conclusão de um estudo contratado da Fundação Dom Cabral que vai redesenhar a máquina pública paranaense.

Com mais de 40 anos, a Dom Cabral é uma escola de negócios que capacita executivos, empresários e gestores públicos. A exemplo do estudo que vem sendo preparado para o governo do Paraná, a fundação já realizou trabalhos semelhantes para diversos outros estados e municípios pelo país.

Segundo Fabio Cammarota, professor de Gestão Pública e Organização do Estado da instituição, Ratinho receberá em mãos alguns desenhos da nova estrutura administrativa que o estado poderá ter – hoje são 175,2 mil cargos públicos ocupados e um orçamento de R$ 57,4 bilhões. O objetivo da Dom Cabral é apresentar possibilidades para atender o pedido feito pelo governador eleito: uma máquina pública menor e mais eficiente. “Mas a definição cabe a ele. Elencamos um rol de possibilidades, e o governador, que é o agente político eleito, faz suas escolhas.”

Que pedido o governador eleito Ratinho Junior fez à Dom Cabral?
Ele nos pediu um estudo de customização para tornar a casa mais enxuta, porém mais eficiente em sua governança.

E como está funcionando esse estudo na prática?
Trabalhamos com cenários. Estudamos cada setor do estado com base em entrevistas e estudos técnicos. Para cada grande tema, tentamos levantar uma modelagem alternativa. Trata-se de uma reforma administrativa, uma avaliação da arquitetura organizacional de cada área. Avaliamos competências, alcances, atribuições de cada setor, a ponto de identificar áreas de atuação sombreadas, às vezes omissas, até ir encontrando um cenário objetivo para isso.

Como são essas entrevistas e estudos técnicos? São com o atual ou com o futuro governo?
Estamos intensamente em comunicação com o governo atual e também com o gabinete de transição, com os agentes nomeados pelo Ratinho. Estamos visitando os órgãos e entidades estatais, com uma agenda formal articulada, e também ouvindo agentes técnicos que nos fornecem informações muito importantes para balizarmos os desenhos que apresentaremos ao governador eleito.

Estudamos cada setor do estado com base em entrevistas e estudos técnicos. Para cada grande tema, tentamos levantar uma modelagem alternativa. Trata-se de uma reforma administrativa, uma avaliação da arquitetura organizacional de cada área

Quem são essas pessoas entrevistadas?
Aqui é importante frisar que não estamos entrevistando agentes políticos nem técnicos de forma inapropriada ou incabível, sem a devida convocação. Entrevistamos pessoas proeminentes de cada área – secretários de Estado, superintendentes − a fim de encontrar racionalidade na máquina, dentro das particularidades do estado.


O orçamento de cada área entra nessa avaliação?
Não, a questão orçamentária não nos cabe neste momento.

Já é possível adiantar alguma das sugestões que serão apresentadas ao governador eleito?
Ele já tem alguns desenhos, mas não estão todos acabados. De todo modo, a definição cabe única e exclusivamente ao governador do estado. É o governador quem define o time dele, dentro das particularidades que julgar importantes. A Dom Cabral se baseia em critérios técnicos e, a partir daí, estabelece cenários de possibilidade para o governador. Não há da nossa parte uma determinação técnica para que nossas sugestões sejam acatadas. Elencamos um rol de possibilidades, e o governador, que é o agente político eleito, faz suas escolhas.

É possível traçar um paralelo de outros estudos que a Dom Cabral já fez para projetar o modelo a ser adotado no Paraná?
Essa não é uma questão trivial. Esse tipo de estudo passa necessariamente pelas particularidades de cada estado, pela história, governança, maneira de agir. Por isso, prefiro não fazer esse tipo de comparação.




Bolsonaro diz que lei dificulta emprego e estuda mudar reforma trabalhista


Do Uol
O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse nesta terça-feira (4) que está estudando mudanças na reforma trabalhista. Segundo ele, a atual legislação trabalhista está dificultando empregar no Brasil.
Aprovada em novembro do ano passado, a reforma foi a mais profunda mudança na CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) desde sua criação, em 1943, no governo Getúlio Vargas.
Bolsonaro avaliou que a reforma já teve um reflexo positivo, com a queda no número de ações na Justiça do Trabalho.
Ele também afirmou que a extinção do Ministério do Trabalho, anunciada na véspera pelo futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, não vai afetar os trabalhadores. "Nenhum trabalhador vai perder seu direito nem ser prejudicado se não tiver ministério", disse. 
O presidente eleito participou nesta terça de reunião com partidos políticos. Após o encontro, Marcos Pereira, presidente do PRB, afirmou que Bolsonaro disse que a reforma trabalhista está sendo bem recebida e que há pontos a serem aprofundados, mas não especificou quais. 

Efeito Bolsonaro coloca Francischini em empate técnico com Greca na disputa pela Prefeitura de Curitiba


Por Blog do Tupan
Pesquisa realizada pelo Instituto IRG, em parceria com o Bem Paraná, mostra empate técnico entre o deputado federal e deputado estadual eleito Delegado Francischini (PSL) e o atual prefeito Rafael Greca (PMN) na disputa pela prefeitura de Curitiba, que acontecerá em 2020.  Em uma das pesquisas estimuladas, Francischini aparece com 19% das intenções de votos contra 17,3 % de Greca. Na outra pesquisa estimulada, Francischini aparece com 20,3% e Greca com 18%. O deputado estadual e deputado federal eleito Ney Leprevost (PSD) aparece em terceiro nas duas estimuladas, com 14% e 14,3% (veja tabelas ao lado). 
Segundo o diretor do Instituto IRG, Ricieri Garbelini, a visibilidade de Francischini na disputa pela prefeitura de Curitiba se deve ao efeito Bolsonaro, que começou na eleição de outubro e ainda domina a Capital paranaense. Em Curitiba, a vitória de Jair Bolsonaro (PSL) no 2º turno da eleição presidencial foi ainda maior do que no resultado da votação nacional e estadual.  Por aqui, ele teve 786.377 votos, ou 76,54% dos votos válidos.  “Francischini foi o principal representante de Bolsonaro no Paraná. Esteve ao lado dele desde o início da campanha. Tanto que foi o deputado estadual mais votado, com 427.742 votos, elegeu mais sete parlamentares, fazendo do PSL a maior bancada na Assembleia. Isso tudo justifica seu desempenho”, lembra Garbelini. “Para garantir a manutenção dos votos, Francischini dependerá do resultado do governo Bolsonaro”. 
Sobre o desempenho de Greca, Garbelini avalia que o prefeito aparece bem, já que muitos dos outros candidatos que aparecem na estimulada tendem a apoiá-lo. “É a primeira pesquisa sobre as eleições de 2020, muita coisa vai mudar até lá, inclusive os apoios. E temos dois anos de governo ainda para Greca”, explica ele.  Greca, aliás, deve mudar de partido, já que o PMN terá dificuldades com a cláusula de barreira. Ele já foi convidado para ir para DEM e para entrar em um partido novo que estaria sendo idealizado pelo ex-senador Osmar Dias (PDT).
 A pesquisa ouviu 800 eleitores de Curitiba entre os dias 22 e 25 de novembro, tem grau de confiança de 95% e uma margem de erro estimada de 3,4% para mais ou para menos. 
AS INTENÇÕES DE VOTO PARA PREFEITO DE CURITIBA:
Estimulada 1
Delegado Francischini    PSL    19%
Rafael Greca    PMN    17,3%
Nenhum         14,8%
Ney Leprevost    PSD    14%
Gustavo Fruet    PDT    11,6%
Roberto Requião    PMDB    8,8%
Luciano Ducci    PSB    6,5%
Não sabe         5,3%
Tadeu Veneri     PT    2,8%
Estimulada 2
Delegado Francischini    PSL    20,3%
Rafael Greca    PMN    18%
Ney Leprevost    PSD    14,3%
Nenhum         14%
Gustavo Fruet     PDT    12,4%
Luciano Ducci     PSB    6,7%
João Arruda    MDB    5,7%
Não sabe         4,9%
Miriam Gonçalves    PT    3,7%
Mapa
Greca vai bem nas regionais Boa Vista e Matriz; Francischini, no Boqueirão e Bairro Novo
No cruzamento de informações com as regionais de Curitiba, a pesquisa IRG mostra que o prefeito Rafael Greca (PMN) está com a popularidade alta na regional Boa Vista, onde aparece com 25,6% das intenções de votos, na Matriz, onde obteve 24,9% das intenções de votos. 
Já o delegado Francischini (PSL) lidera nas intenções de votos no Boqueirão, com 28%, enquanto Greca tem apenas 8,8%. O deputado estadual eleito também aparece com vantagem no Bairro Novo, 17,15%, contra 5,8% de Greca.  O deputado federal eleito Ney Leprevost (PSD) se destaca na regional de Santa Felicidade, com 20% das intenções de votos , quase o mesmo porcentual de Francischini, 20,1%.