Embora tenha o projeto do Ecoelétrico (foto), o incentivo a energias limpas e renováveis é um dos pontos fracos da cidade no ranking. Hugo Harada/Gazeta do Povo |
Capital paranaense subiu duas posições na lista das Connected Smart Cities, que avalia potencial
de “inteligência” municípios brasileiros
Por Naiady Piva
O prêmio avalia o potencial das cidades de tornarem-se inteligentes, ou seja, a capacidade do município de produzir respostas aos problemas urbanos. De fazer das soluções polos geradores de desenvolvimento. “Ela não vira inteligente porque comprou um sistema de rastreamento de automóvel. A cidade é um organismo vivo que busca incorporar inteligência, tecnologia para garantir qualidade de vida e sustentabilidade econômica”, explica Thomas Assumpção, presidente da Urban Systems, consultoria que elaborou o ranking em parceria com a Sator.
No quesito governança, a transparência de dados e existência de conselhos de monitoramento mantiveram a cidade no primeiro lugar. A cidade é 7.º lugar na Escala Brasil Transparente (EBT), elaborada pela Controladoria Geral da União (CGU). No “Ranking da transparência” do Ministério Público Federal (MPF), a cidade lidera. O secretário do Governo Municipal, Ricardo Mac Donald Ghisi, vê como um reconhecimento. “É uma série de ações voltadas para a gestão. O básico é a gestão transparente e participativa, por isso temos estes prêmios”.
O incentivo a energias limpas e renováveis é um dos pontos fracos da cidade, no ranking, na opinião de André Telles, do iCities. A cidade de Palmas, no Tocantins, levou primeiro lugar na região Norte graças uma nova lei de incentivos. Empresas que investem em infraestrutura sustentável (como instalação de células fotovoltaicas e calha para recolher água da chuva) ganham desconto em impostos municipais.
O projeto Ecoelétrico, em Curitiba, é uma boa iniciativa que pode ser um impulso para iniciativas em energia. O projeto que incorpora veículos elétricos à frota pública é uma parceria entre município, as empresas Renault e Itaipu, e o centro de pesquisas Ceiia. Desde sua criação, em 2014, já poupou a emissão de 12.264 quilogramas de gás carbônico na atmosfera, segundo dados do site oficial do programa. Para André Telles, é o tipo de ação que “faz com que o município entenda melhor o conceito de cidades inteligentes e o coloque em prática”.
Fonte: Gazeta do Povo
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